Yuli na X Mostra de Cinema da América Latina
Yuli, uma co-produção espanhola, cubana, inglesa e alemana, dirigida pela realizadora espanhola Iciar Bollaín, inaugura a 10ª edição da Mostra de Cinema da América Latina.
A Mostra de Cinema da América Latina faz este ano dez anos. Uma década a mostrar a atualidade e a diversidade cinematográficas, o talento dos autores latino-americanos e o seu contacto com o público. Dez anos que permitiram observar a intensidade dos processos sociais da América Latina e como o seu panorama cinematográfico junta história, memória e imaginação, para partilhar com o público a sua leitura artística e cívica.
Também nesta edição, continua-se a verificar como apesar da diversidade de território e género, surge um sentido de busca por identidade, sonho e progresso. Com histórias de coragem e de liberdade, dando conta de lutas individuais e coletivas, continuando a sonhar a paz, a reconciliação e a esperança.
Yuli
- De Iciar Bollaín. Espanha, Cuba, Reino Unido, Alemanha, 2018, 109 minutos.
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Yuli é a alcunha de Carlos Acosta. Seu pai Pedro chama-o assim porque o considera filho de Ogun, um deus africano, um lutador. No entanto, desde a infância, Yuli sempre fugiu de qualquer tipo de disciplina e educação. As ruas de uma Havana empobrecida e abandonada são sua aula particular. Seu pai, por outro lado, não pensa o mesmo, ele sabe que seu filho tem um talento natural para a dança e é por isso que ele é forçado a frequentar a escola nacional de Cuba. Yuli acaba por ser cativado pelo mundo da dança e, desde pequenino começa a forjar sua lenda, tornando-se o primeiro dançarino negro capaz de interpretar alguns dos mais famosos papéis de balé.