Todos somos água de Mikha-ez

Todos somos água de Mikha-ez

O artista Mikha-ez apresenta o seu inovador trabalho “Todos somos água” na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa onde realiza uma reflexão sobre o rio Tejo como elemento de união entre territorios.

1007 km mede o Rio Tejo, o rio mais longo da Península Ibérica, desde que nasce em Fuente García (Teruel, Espanha) até que derrama as suas águas no Oceano Atlântico, passando antes pelo Mar da Palha (Lisboa, Portugal).

“Um dia todos fomos peixes” propôs o artista carioca Ernesto Neto na sua exposição da Blue Foundation em Barcelona. Todos somos água é uma reflexão sobre essa substância que temos em comum, essa que no começo da vida é cerca do 70% do nosso corpo, uma percentagem muito semelhante à que ocupa na superfície terrestre. Afinal, como Jean-Luc Nancy disse em Corpus, o nosso corpo é “un peso específico de agua y de hueso”.

A instalação, concebida para a Cisterna da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, é estruturada através de uma linha imaginária composta por três colunas de som. Uma “linha” que reproduz simbolicamente a rota da água do Rio Tejo, o Mar da Palha e o Oceano Atlântico.

Três colunas de som, localizadas em ambas extremidades e no ponto médio da cisterna, que reproduzem em loop os sons dessas três águas de naturezas tão diferentes e tão iguais ao mesmo tempo. Uma “linha” que é também uma guia para o trajeto empreendido pelo usuário neste espaço escuro que cheira a humidade, que é preenchido com uma espécie de bruma onde um vídeo é projetado e atravessa esta neblina. Uma metáfora do curso da vida, que começa nas águas do ventre materno e, como um rio que flui de uma fonte, atravessa os obstáculos alargando-se no final do seu caminho, repleto de experiências.

Mikha-ez

Artista e Investigador na Facultad de Bellas Artes da Universidad de Salamanca (2016-), Mikha-ez es licenciado em Belas Artes pela Universidad de Salamanca (2009-2014) e Máster em Historia del Arte Contemporáneo y Cultura Visual pelo Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía e a Universidad Autónoma de Madrid (2014-2015).

Membro do Grupo de Investigación Reconocido (GIR) Investigación en Proyectos de Arte Contemporáneo (IPAC) e do Instituto Universitario de Investigación en Arte y Tecnología de la Animación (ATA) da Universidad de Salamanca. Realizou estadias de investigação no Hamburger Bahnhof – Museum für Gegenwart (Berlim), no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (Madrid), no Centro de Investigação e de Estudos em Belas-Artes da Universidade de Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa) e na Fundación NMAC (Vejer de la Frontera).

A sua obra está presente em significativas coleções, tais como Borja Thyssen, Hugo Fontela, Smy Collection Beauty Art, Beyond Arting Platform (Madrid), Fundación Newcastle (Murcia), Museo de Salamanca, Universidad de Salamanca, Ayuntamiento de Salamanca, Fundación La Gaceta (Salamanca), Ministerio del Gusto (Tenerife), IES Universidad Laboral (Gijón) e Antonio Toca (Santander).

Inauguração no dia 16 de maio ás 18h00, com a presença do Diretor da Faculdade de Belas Artes, os curadores e o proprio artista.

  • Artes visuais
  • Lisboa
  • qui, 16 de maio —
    qui, 23 de maio 2019

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Galerias Abertas das Belas Artes da Universidade de Lisboa, Largo da Academia Nacional de Belas Artes 4, 1249-058 Lisboa
213-252-100

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Organizado pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa

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