[TODO] Centelles

[TODO] Centelles

Exposição antológica do fotógrafo Agustí Centelles.

Agustí Centelles (1909-1985), com a sua ampla formação em retoque, técnicas de fotogravura e fotografia de salão concebeu um conceito diferente ao olhar à sua volta, próximo e intenso. Como outros redatores gráficos espanhóis contemporâneos concebeu uma visão nova e limpa da realidade, que hoje voltamos a encontrar com toda a força descritiva em cada uma das suas imagens.

O cronos é o formato escolhido para «ver» [TODO] Centelles, através de uma centena de cópias do autor adquiridas a partir dos negativos originais. A relação entre a imagem fotográfica e o tempo desvia-se do aspeto plástico (temático ou estético) e foge da manipulação da realidade.

[TODO] Centelles propõe-se fazer «história com a fotografia», e neste caso em particular, numa etapa da nossa história, narrada por um fotógrafo que realizou o seu trabalho num raio de umas centenas de quilómetros de Barcelona, mas que conquistou até as páginas dos jornais mais longínquos. O fotojornalismo espanhol fez escola a princípios do século XX. A guerra de Marrocos foi um claro exemplo de como a fotografia foi um elemento vital para a sociedade espanhola daquele momento, com importantes taxas de analfabetismo. Reivindicar e divulgar o trabalho dos redatores gráficos da época torna-se indispensável para conhecer [toda] a nossa história passada.

Agustí Centelles e Madrid tiveram uma intensa relação, que [TODO] Centelles nos descobre: a sua primeira capa publicada no Mundo Gráfico em 1934, a sua intensa colaboração com o Diario de Madrid, junto com as imagens reproduzidas na imprensa ilustrada madrilena; acrescenta, além disso, à sua intensa atividade internacional, a apreensão dos seus negativos, o exílio da mala do fotógrafo, e a recuperação do seu arquivo 37 anos depois. A obra do fotógrafo é em si uma profunda reflexão da dor, da tragédia e inclusivamente da morte.

Ao mergulharmos em [TODO] Centelles descobriremos um fotógrafo jovem (de 25 anos de idade), inquieto, inovador, que com novos formatos visuais converteu o momento que lhe tocava viver num documento histórico. Cornell Capa equiparou as fotos de Centelles às do seu irmão Robert, ambos fotógrafos. Centelles e Capa coincidiram em cinco ocasiões e narraram graficamente a Guerra Civil Espanhola. Os grandes repórteres contemporâneos (Capa, Taro e Seymour) desfrutam de um amplo reconhecimento profissional que Centelles não tem, por isso devemos documentar a obra de Centelles na imprensa mundial para assim reivindicar o seu nome.

[TODO] Centelles dá-nos a oportunidade de ver a sua obra original documentada, num encontro entre imagens e imprensa da época.

  • Artes visuais
  • Óbidos
  • sáb, 12 de novembro —
    ter, 31 de janeiro 2017

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Museu Municipal de Óbidos, Rua Direita 97, 2510-001 Óbidos
213-105-020

Entradas

Horário: de terça-feira a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00. Entrada livre.

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Instituto Cervantes de Lisboa

Créditos

Organizado pelo Instituto Cervantes de Lisboa, a Câmara Municipal de Óbidos e a Fundação Pablo Iglesias.

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