Saleta Rosón: A memória do deserto

Saleta Rosón: A memória do deserto

A “memória do deserto” leva-nos a duas cidades abandonadas: uma colonial e a outra é Al Madam, duas cidades criadas pelo homem no deserto, perturbando o seu ciclo de vida e alterando o seu destino.

Duas cidades abandonadas: uma colonial com o nome de Kolmanskop, construída pelos alemães em 1908 no deserto do Namibe (Namíbia) para alojar os trabalhadores das minas de diamantes. A outra é Al Madam, uma cidade construída entre os anos 70 e 80 no interior do Emirado de Sharjah (Emirados Árabes Unidos), a apenas 60 km da cidade do Dubai.

Estas duas cidades foram criadas pelo homem no deserto, ocupando a natureza, intervindo no seu ciclo de vida e alterando o destino das dunas, areias ou sedimentos que durante séculos sustentaram aquele ecossistema. Nas décadas seguintes, o homem tornou-se um invasor destes lugares desérticos e, quando já não precisava deles e os abandonou, a natureza começou a sua reconquista particular.

O trabalho de Saleta documenta este processo de ocupação natural, captando a beleza e a melancolia destes lugares desérticos à medida que passam de cidades a ruínas silenciadas pelo tempo e pela areia. Através da sua lente, podemos ver como a natureza começa a restaurar o seu domínio, demonstrando a inevitabilidade da sua força e resiliência.

  • Artes visuais
  • Lisboa
  • qui, 10 de outubro —
    sáb, 14 de dezembro 2024

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Instituto Cervantes, R. de Santa Marta 43F R/C, 1169-119 Lisboa

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Organizado pela Mostra Espanha 2024, Ministério da cultura de Espanha e Instituto Cervantes de Lisboa. Foto de Saleta Rosón.

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