Pés de barro
Esta exposição colectiva com a curadoria da espanhola Chus Martínez apresenta obras do agrupamento Formabesta (Salvador e Juan Cidrás).
Algumas pessoas poderão associar o barro, a olaria e a cerâmica à tradição, e a tradição ao passado. Outras poderão associar tecnologia, comunicação digital e bancos de dados com o novo, e o novo com o futuro. E se o futuro for uma tecnologia tão antiga e peculiar como o barro? E se afinal o barro for uma matéria que permanentemente se regenera e dá ao tempo as suas imprevisíveis configurações? E se o barro for o futuro e o futuro for o barro?
E se os pés de barro revelassem uma vulnerabilidade porque o resto do corpo é de um material diferente? E se na realidade os pés de barro enraízam as pessoas à terra, ligando‑as através da mesma matéria? E se os pés de barro forem uma forma de estabelecer uma comunicação pós‑tecnológica, que não requer redes ou cabos? Apenas os nossos muitos, um, dois, oito, vinte pés e algum barro?
Estas são algumas das questões e enigmas abordados pelas curadoras Chus Martínez (curadora, historiadora de arte, escritora e directora do Art Institute da FHNW Academy of Art and Design Basel) e Filipa Ramos (escritora, curadora da secção de filme da Art Basel e co-curadora da última edição do Fórum do Futuro), reunindo um conjunto de artistas que têm usado o barro, a olaria e a cerâmica para imaginar, projetar e moldar o mundo em que vivem.
Artistas
- Neïl Beloufa
- Isabel Carvalho
- Gabriel Chaile
- Pauline Curnier Jardin
- Formabesta (Salvador e Juan Cidrás)
- Tamara Henderson
- Ana Jotta
- Eduardo Navarro