Os contos que Pessoa não escreveu
Este livro vai ser apresentado na Casa Fernando Pessoa como centro de uma homenagem ao escritor.
A 130 anos do nascimento de Fernando Pessoa, a editora Mayda Bustamante e a escritora Gabriela Rey Guerra uniram-se para editar a antologia Os contos que Pessoa não escreveu. Para isso, convocaram destacadas escritoras de vinte e cinco países ibero-americanos.
No dia 25 de janeiro a Casa Fernando Pessoa em Lisboa será o centro de uma homenagem ao escritor com uma reunião presidida pelo grande João de Melo, a editora Mayda Bustamante e as narradoras Marifé Santiago Bolaños, Consuelo Sánchez Naranjo, Rebeca Hernández, Filipa Falcato, María Estela Guedes e Liliana Díaz Mindurry.
Este livro reúne escritoras da Espanha, Portugal, Argentina, Costa Rica, México, Cuba, Colômbia, República Dominicana, Venezuela e Peru. Em 2018 Fernando Pessoa tem sido motivo de homenagem em várias artes. O trabalho do grande poeta português tem sido celebrado desde o teatro, a literatura e as artes plásticas, como se os tributos se multiplicassem tanto quanto os heterónimos do escritor. A diversidade da imaginação do autor manifesta-se hoje em todas as artes que se lembram dele.
Um desses tributos tem-se reflectido no livro Os contos que Pessoa não escreveu, uma antologia publicada pela editora madrilena Huso, editada por Mayda Bustamante e Gabriela Guerra Rey. Ambas convocaram vinte e cinco mulheres de dez países da Ibero-América. Cada uma delas desvendou um dos muitos enigmas que cercam o poeta imortal e escreveu uma história.
Fernando Pessoa é o maior poeta português de todos os tempos. Os seus memoráveis versos, histórias, pensamentos e desdobramentos continuam a inspirar escritores. Embora a sua vida ainda seja um mistério, o seu trabalho, parcialmente descoberto, tornou-se uma referência inquestionável da literatura ibero-americana dos séculos XX e XXI. Falamos de um descobridor da alma e da existência, que nos desafia como leitores porque não foi um escritor, mas muitos; de um pensamento filosófico sério, que deu vida a centenas de heterónimos. Alguns chegaram a perguntar se tudo, absolutamente tudo, era produto de uma imaginação incomensurável.