Olhares do Mediterrâneo 2018
A 5ª Edição do Festival de Cinema no Feminino conta com uma importante presença de conceituadas realizadoras espanholas.
Os Olhares do Mediterrâneo chegam à 5ª Edição. Novamente enfrenta-se o desafio de organizar um festival de cinema que reúne filmes de diferentes países do Mediterrâneo. Mostrar a diversidade social e cultural do Mediterrâneo através do cinema continua a ser um desafio estimulante e que a cada ano acrescenta novos olhares e novas perspectivas. A opção de centrar o Festival no cinema realizado pelas mulheres destes países traz um olhar particular e pouco divulgado sobre a diversidade deste contexto. O programa deste ano mantém como principal objectivo mostrar obras que dificilmente encontrariam em Portugal um circuito de exibição, e assim divulgá-los junto do público português.
Ao longo destes cinco anos, a equipa foi crescendo, transformou-se e consolidou-se. A entrada de novas pessoas é também um contributo valioso para a pluralidade de olhares. Mantendo o espírito e a dinâmica de uma iniciativa que começou como um projecto de amigos, o festival Olhares do Mediterrâneo – Cinema no Feminino continua a crescer e é hoje parte incontornável do roteiro dos festivais de cinema de Lisboa. A programação para o 2018 traz um conjunto de filmes e actividades que revelam uma pluralidade de formas de viver e os diferentes olhares sobre o mundo que nos rodeia fazendo assim um Festival que apela à criatividade e à consciencialização da igualdade na diversidade.
Filmes espanhóis em exibição
Análisis de Sangre Azul
- 27 de setembro às 14h30.
- De Blanca Torres e Gabriel Velázquez, 2016 64 minutos. Competição geral.
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Um psiquiatra obcecado em fazer um filme. Pacientes que actuam sem sequer o saber. Um protagonista, El Inglés, que não sabe quem é nem de onde vem, mas que todos tratam como um perfeito aristocrata inglês. Desta combinação, filmada em 16mm, resulta uma experiência médica que procura salvar a vida de um vale doente.
Ain’t that right
- 30 de setembro às 16h30.
- De Patricia Delso Lucas, 2018, 7 minutos. Seção Curtas Metragens.
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Para sobreviver às dificuldades do quotidiano, um casal idoso, aparentemente inofensivo, gere uma loja de antiguidades de uma maneira enganadora e algo duvidosa. Chega um novo cliente, um rapaz, completamente a Leste da armadilha surreal em que se vai meter. Será confrontado com uma escolha grotesca que colocará a sua vida em risco. Irão eles deixá-lo sair ileso da loja? Faz-se tudo o que for preciso para sobreviver, certo?
Areka
- 28 de setembro às 16h30. Seção Curtas Metragens.
- De Atxur Animazio Taldea (coletivo) e Begoña Vicario (coordenação), 2017, 6 minutos.
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O pai de Euxebi foi morto durante a guerra. Na sua juventude, Euxebi sofreu com a repressão franquista, e embora a ditadura tenha terminado há muito tempo, até hoje ela não teve oportunidade de recuperar a memória do seu pai. Após muitos anos, quando finalmente é aberta a sepultura onde se encontra o seu pai, Euxebi deposita uma foto junto aos seus ossos.
El color de la sed
- 29 de setembro às 21h30. Seção Curtas Metragens.
- De Gala Gracia, 2017, 21 minutos.
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Medardo, um criador de ovelhas que vive numa região isolada de Espanha, vê o seu rebanho a deteriorar-se dia após dia devido à intensa seca. A situação agrava-se ainda mais, levando-o a comprometer os princípios de honestidade e lealdade que sempre o caracterizaram.
El mar inmóvil
- 28 de setembro às 16h30.
- De Macu Machín, 2018, 11 minutos. Seção Curtas Metragens.
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Nas ilhas de lava seca nada se mexe senão o mar e o vento, perpétuos. Um mar que na realidade não se move, nem tem água, nem possibilidade de transparência. Este mar imóvel, seco e opaco determina os afazeres e os dias dos salineiros, que, na arte de dessalinizar o oceano, se converteram em paisagem.
Memory of the Land
- 28 de setembro às 16h30.
- De Samira Badran, 2017, 13 minutos. Seção Travessias.
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Palestina. Um corpo está preso num checkpoint, mecanismo essencial da ocupação israelita. O corpo é atravessado pela violência estrutural e física que, agressiva e arbitrariamente, proíbe e ataca o seu livre movimento e a sua própria existência.
Hostia con H
- 30 de setembro às 16h30.
- De María Álvarez Laínz, 2017, 4 minutos. Seção Começar a Olhar.
Uma mulher vítima de violência doméstica vai à polícia denunciar os maus tratos visíveis. Quando entra na esquadra é uma vítima, mas durante a elaboração do auto torna-se muito mais do que meramente uma mulher maltratada.