Objeto da pintura Mestres da arte espanhola das últimas décadas

Objeto da pintura Mestres da arte espanhola das últimas décadas

A exposição oferece um percurso pictórico comissariado a volta da abstracção na Coleção Mariano Yera com obras de José Guerrero, Luis Gordillo, Ángela de la Cruz entre outros.

A mostra apresenta um total de dezoito obras selecionadas pelo também artista Guillermo Mora, curador da exposição, em colaboração com Rosina Gómez-Baeza e Lucia Ybarra.

Mora parte de uma obra de José María Yturralde (Eclipse Azul, 2013) para reflectir acerca da pintura como objeto e não como janela: “esse quadrado preto que eclipsa ao azul fala muito da minha pintura e também de um enfoque menos visitado na pintura espanhola. Fala da pintura que serve para tapar a pintura, do quadro-objeto (e não janela), do ecrã pictórico que bloqueia e nos devolve continuamente o olhar”, diz o artista.

O planteamiento discursivo da exposição recolhe também o particular olhar de Mora sobre essas obras anteriores da coleção e em defesa de “uma pintura que em España tomou seu proprio caminho de uma forma mais silenciosa, vendo como a sua irmã, a pintura narrativa, tive mais voz e foi promovida muitas mais vezes como “o espanhol”.

Mora, que é o último artista em se incorporar à Coleção Mariano Yera, elabora seu proprio percurso através da história da arte espanhola das últimas décadas, estabelecendo referências e afinidades seletivas que o levan a construir um hábitat cheio de luz e color. Assim, na exposição encontram-se grandes nomes da pintura espanhola das últimas décadas como José Guerrero, Equipo 57, Antonio Saura, Luis Gordillo, Ángela de la Cruz, Juan Uslé ou Perejaume.

Coleção Mariano Yera

A coleção Mariano Yera tem inicio em 1999 e esta centrada na pintura espanhola contemporânea da segunda metade do S. XX até a actualidade. Recorre algo mais de meio século da história pictórica espanhola através de 160 pinturas de 68 artistas diferentes. A coleção conta com obras representativas de Tàpies ou Ponç, pioneiros da renovação plástica da pos-guerra, passando por o grupo El Paso com Saura, Millares, Feito, Rivera ou Viola 57, Equipo Crónica y Equipo Realidad, até artistas da talha Gordillo. Alcolea, Pérez Villata, Barceló, Sicilia o Campano entre outros e os que se unem a artistas mais atuais como Ángela de La Cruz.

Esta colecção de pintura espanhola contemporânea foi distinguida com o Prémio Arco ao colecionismo privado (2013) e é membro da Asociación de coleccionistas de Arte Contemporâneo 9915, uma associação instrumental para o apoio, difusão e conservação do património artístico español.

Desde 2016. Iniciou-se uma segunda fase da coleção Yera com a adquisição de obras de pintores espanhóis já consolidados, como é o caso de Miki Leal ou artistas mais emergentes como como Patricia Gómez y María Jesús González.

Curadoria

Guillermo Mora (Alcalá de Henares, 1980) artista espanhol e última adquisição da coleção Mariano Yera. Foi convidado por Natalia Yera, Diretora da coleção e as conservadoras Rosina Gómez-Baeza y Lucía Ybarra, para dialogar com artistas desta coleção e selecionar uma série de obras que construam um relato a partir da sua peça colección de fondos, 2017. O artista marca o seu próprio recorrido através da história da arte espanhola das últimas décadas, estabelecendo referências e afinidades de eleição que o levam a construir um hábitat cheio de luz e côr.

  • Artes visuais
  • Porto
  • sex, 23 de novembro —
    dom, 3 de março 2019

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Palácio das Artes, Largo São Domingos 19, 4050-265 Porto
223-393-530

Entradas

Entrada livre

Créditos

Organizado pela Fundação da Juventude com o apoio da Subdirección General de Promoción de las Bellas Artes do Ministerio de Cultura y Deportes de España, Acción Cultural Española, o Consulado de Espanha no Porto e a Seção Cultural da Embaixada de Espanha em Portugal

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