O Ultraismo espanhol e Portugal
A exposição organizada pelo Instituto Cervantes de Lisboa e comissariada por Antonio Sáenz Delgado mostra os cem anos deste movimento de vanguarda.
O Ultraísmo, cuja atividade se desenvolveu principalmente entre 1918 e 1925, foi o movimento de vanguarda autóctone mais importante da literatura espanhola. Graças ao mesmo, a poesia espanhola conseguiu sincronizar-se com as últimas novidades da Europa, em sintonia com os ismos que revolucionaram o panorama estético nas duas primeiras décadas do século XX.
Os escritores ultraístas (Adriano del Valle, Isaac del Vando-Villar, Rogelio Buendía, com os seus precursores Rafael Cansinos Assens e Ramón Gómez de la Serna) tiveram uma clara vocação cosmopolita, em cujo contexto surgem interessantes relações com Portugal, nunca até à data abordadas numa exposição monográfica. Graças a essa vocação, figuras como Fernando Pessoa ou Mário de Sá-Carneiro puderam conhecer os seus primeiros textos em Espanha, construindo as bases de um diálogo que atravessa o próprio espírito da arte e da literatura de vanguarda.
Inauguração
- Quinta-feira 13 de dezembro às 18h30.
- A inauguração da exposição ira acompanhada de um colóquio com João Paulo Cotrim (Ramón Gómez de la Serna e Almada Negreiros); Antonio Sáez Delgado (Ultra e Portugal); José Luis Bernal (Ultraismo e generação do 1927); Ignacio Izquierdo del Valle (Adriano del Valle). Moderação: Javier Rioyo, director do Instituto Cervantes en Lisboa.