O caminho ilustrado. Uma viagem pintada por Alicia Aradilla
A exposição conta com 60 aquarelas feitas pelo ilustrador e autor de cadernos de viagem, e apresenta ao público as várias cidades monumentais atravessadas pelo Caminho de Santiago ao longo do território espanhol.
Afundación, a obra Social de ABANCA, apresenta em Portugal a mostra O Caminho Ilustrado. Uma viagem pintada por Alicia Aradilla. Esta entidade é a principal fundação privada sem fins lucrativos do noroeste espanhol que acolhe e valoriza um importante património artístico.
O projeto de Alicia Aradilla reúne 60 aquarelas criadas pela reconhecida ilustradora e autora de cadernos de viagem, articulado em três secções fundamentais ―O Caminho, Caminhantes e Compostela. A cidade e o seu padroeiro―, e com textos explicativos de Feliciano Novoa, doutorado em história e conceituado medievalista.
A exposição é complementada por uma secção dedicada ao movimento urban sketch (desenho do ambiente natural e quotidiano através de cidades, caminhos e viagens) do qual Alicia Aradilla é uma referência internacional.
A exposição, fruto da parceria entre Afundación e a Xunta de Galicia para as celebrações do Ano Santo Jacobeu, é oferecida pela Obra Social de Abanca a todos os palmelenses e populações vizinhas, aproximando-os da obra da jovem e bem-sucedida Alicia Aradilla. Na mostra, poderemos apreciar as aquarelas originais reproduzidas na publicação El camino ilustrado da Editorial Planeta, as quais apresentam ao público as várias cidades monumentais atravessadas pelo Caminho de Santiago ao longo do território espanhol, desde Roncesvalles (França).
É o Caminho de Santiago de Compostela, a via de peregrinação mais antiga e mais frequentada de toda a Europa. São centenas de anos que cativam qualquer pessoa que aceite o desafio de o descobrir e vivenciar, o que explica o grande número de artistas que se têm sentido atraídos por ele e que o converteram em fonte de inspiração e temática da sua obra.
Como refere Feliciano Novoa, o caminho foi tradicionalmente concebido como uma fonte de intercâmbio cultural europeu e internacional, e este é um aspeto particularmente interessante no caso de Alicia Aradilla, porque as suas viagens também se alimentam desse rico intercâmbio cultural que acontece quando se atravessam as fronteiras próprias. Na mostra, há uma secção que pretende explicar a ligação entre a viagem e a criação, a qual, no caso de Aradilla, é deveras notória. A exposição inclui igualmente material original da autora, como um caderno de viagem ou pincéis e aquarelas que costuma levar na sua mochila quando viaja, bem como documentação audiovisual (fotografias e projeções) que mostra como a sua paixão pelas aquarelas e pelas viagens a levaram a outros recantos de Espanha e do mundo, como a Tailândia, a Grécia ou o Japão.