Lisbon & Sintra Film Festival 2017
O Festival de Cinema destas duas cidades portuguesas vai contar com a participação de dois filmes espanhóis.
E à 11ª edição, que se irá realizar de 17 a 26 de Novembro de 2017, o LEFFEST prepara-se para reunir, de novo, o que de melhor se faz no mundo da Sétima Arte. Mas não só.
O Festival aposta, como sempre apostou, na interligação de propostas culturais diversas –do cinema à literatura, passando pela música e pelas artes plásticas– e afirma-se enquanto lugar propício à reflexão e discussão dos temas que marcam a actualidade.
Mais do que uma mostra de filmes, o LEFFEST quer dar ao espectador a possibilidade de confrontar ideias, ter voz activa, participando das experiências de vida e reflexões de cineastas, pensadores e artistas. Experiências e reflexão que o LEFFEST propõe no grande écran - através de uma programação diversificada que abrange as melhores produções cinematográficas, consagradas e emergentes - e ao vivo, nas várias manifestações artísticas, masterclasses, debates e simpósios programados a cada edição.
O Festival garante a melhor selecção de filmes em competição, a projecção de autores fundamentais na história do cinema e de jovens cineastas emergentes.
Filmes espanhóis:
Cachorro
- De Jesús Rivera Soriano, 2017, 12 minutos. Ver trailer.
Aos dois anos de idade, as crias de leão são forçadas a abandonar o bando pelas leoas. Apenas os mais fortes chegam à idade adulta.
Fleurs de Sang
- Sábado 18 de Novembro às 13h00.
- Espaço Nimas, Avenida 5 de Outubro 42, 1050-030 Lisboa.
- De Alain Tanner e Myriam Mézières, 2001, 110 minutos, francês sem legendas.
Pam, uma rapariga-mulher de 14 anos, matou o seu primeiro amante, um homem muito mais velho que ela. Este caso faz-nos retroceder cinco anos.Com 9 anos, Pam acompanha a mãe, Lily, nas suas peregrinações pelos vários palcos de cabarés, onde esta transforma números eróticos banais numa verdadeira actuação artística.
Minha Mãe
- Domingo 19 de Novembro às às 14h30.
- Espaço Nimas, Avenida 5 de Outubro 42, 1050-030 Lisboa.
- De Christophe Honoré, 2003, 110 minutos. Ver trailer.
Pierre, de 17 anos, tem um amor cego pela mãe. Recusando ser amada por aquilo que não é, ela decide revelar a sua verdadeira natureza – a de uma mulher para quem a imoralidade se tornou um vício. Pierre pede para ser iniciado por ela num jogo que se revela cada vez mais perigoso.
O homem que perdeu a sombra
- Segunda 20 de Novembro às 16h30.
- Espaço Nimas, Avenida 5 de Outubro 42, 1050-030 Lisboa.
- De Alain Tanner, 1991, 102 minutos. Ver trailer.
Antonio, um velho comunista andaluz de regresso a casa após um longo exílio em França, acolhe Paul quando este se faz despedir pelo jornal onde trabalhava. Segundo Antonio, Paul é alguém que acredita que tudo se pode endireitar - o que vai na mente e na vida real das pessoas. Paul embarca numa viagem mental, mas a vida apanha-o. Ou melhor, apanham-no as mulheres: Anne, a sua actual companheira, e Marie, a anterior, seguem o seu rasto. Farsa ou tragédia? Nenhuma delas, diz Paul: não há necessidade de alguém morrer nesta história. Mas a verdade é que acaba com uma morte. Quando Antonio desaparece, leva consigo um período histórico, o das utopias sociais. Paul perdeu a sua sombra, mas não da maneira que Antonio pensava: o próprio Antonio era a sombra de Paul.
O Diário de Lady M
- Sexta 24 de Novembro às 13h15.
- Espaço Nimas, Avenida 5 de Outubro 42, 1050-030 Lisboa.
- De Alain Tanner, 1992, 115 minutos.
Lady M abandona tudo e segue Diego numa viagem sem destino pela Catalunha. Ao saber que ele é casado, decide deixá-lo e regressar a Paris. Todavia, não suportando a distância, M. toma a decisão de convidar Diego, a mulher dele e a filha para se instalarem em sua casa.
O sonho da luz, o sol do marmeleiro
- Sexta 24 de Novembro às 16h15.
- Cinema Medeia Monumental, sala 1, Avenida Praia da Vitória 72, 1050-094 Lisboa.
- De Victor Erice, 1992, 133 minutos, copia restaurada.
Um artista pinta um marmeleiro plantado no seu jardim. Ainda que tenha trabalhado sobre o mesmo tema noutras ocasiões, nunca introduziu entre as folhas da árvores os raios de sol. Capturar esse efeito de luz constitui uma grande dificuldade. Agora decide superá-la. Mas, como é habitual em si, com uma tensão razoável, sem perseguir a conclusão do quadro, sem outro afã que o de permanecer umas semanas de Outono junto da árvore. Quando o Inverno se faz anunciar, os marmeleiros maduros, ao cair dos ramos, colocam um ponto final no seu labor, iniciando na terra o seu processo de decomposição. É então que, à noite, o artista nos conta um sonho.
Manuel Vilariño. Ser Luz
- Sábado 25 de Novembro às 14h00.
- Cinema Medeia Monumental, sala 2, Avenida Praia da Vitória 72, 1050-094 Lisboa.
- De José Manuel Mouriño, 2016, 70 minutos, versão original sem legendas. Ver trailer.
Um documentário sobre o fotógrafo e poeta galego Manuel Vilariño, baseado em textos do filósofo Alberto Ruiz de Samaniego, que nos propõe “subtis relações entre o trabalho do fotógrafo e o de um ferreiro, um faroleiro, um astrónomo ou de um projeccionista cinematográfico”.