Javier Mariscal e Alberto García Alix no Poster 2020
O ilustrador Javier Mariscal e o fotógrafo Alberto García Alix participam na 5ª Edição do Festival Poster de arte a céu aberto.
Pelo quinto ano consecutivo, o Poster chega a Marvila como que um manifesto pela arte e cultura, numa altura em que se vivem momentos frágeis e incertos. A Mostra de arte pública permite que todos vejam de perto as obras feitas pelos 10 vencedores da Open Call e também pelos 20 convidados nacionais e internacionais desta edição.
A Mostra Pública Poster acontece a céu aberto permitindo que todas as pessoas continuem a ter acesso à arte, através de passeios autónomos e responsáveis por parte de todos. Aqui, as paredes vestem-se de ilustrações, desenhos, fotografias, arquitetura e palavras, um espaço que passa a ser de todos os artistas participantes e de quem visita esta forma de arte democrática.
Javier Mariscal
Nome e símbolo máximo da criatividade e irreverência, Javier Mariscal é um dos parâmetros obrigatórios da ilustração mundial, multifacetado como poucos, sempre original, inovador precoce no desenvolvimento de novas linguagens e códigos do Design. Nascido em Valência, mas eternamente associado à explosão mediática de uma Barcelona Olímpica à qual a criação da mascote Cobi deve muito, não é, no entanto, um ilustrador de “bairro” nem “local”. Viaja até ao mercado internacional de uma globalização crescente a partir dos anos 90, com capas icónicas para a New Yorker entre outras grandes publicações mundiais, e consegue algumas das primeiras colaborações artísticas com os gigantes da decoração de interiores como Moroso, Alessi e Nanimarquina.
Reconhecido pela exposição antológica que o consagra no London Design Museum, e pela extensão ao mundo do cinema e da música, continua a desenhar e a temer cada deadline como se não houvesse amanhã, que espera descobrir de mansinho da sua janela para o Mediterrâneo.
Alberto García Alix
Poucas vezes a fotografia revelou um carácter como o de Alberto García-Alix. Artista referenciado internacionalmente, do Japão aos EUA, García-Alix sempre rejeitou ser o espelho do excesso e do limite, preferindo a curiosidade profunda sobre o outro e sobre si mesmo. Com autorretratos que o fixam no papel, García-Alix não é só o menino travesso que puxa as fronteiras do óbvio e do imediato, mas sim o homem que sem um único rasgo de ironia ou sarcasmo se maravilha a cada disparo da sua inseparável Hasselblad. “Is that the Camera that went on the moon?”. “Yeah, I took it and left it there. But I never came back”.