Festival Terras Sem Sombra em Elvas

Festival Terras Sem Sombra em Elvas

O Festival de Música Culta do Alentejo chega a Elvas com um concerto de músicos espanhóis.

O Terras sem Sombra visa dar a conhecer a um público alargado, através do património, da música e da conservação da natureza, um território que sobressai pelos valores ambientais, culturais e paisagísticos e apresenta um dos melhores índices de preservação da Europa.

A valorização dos recursos culturais e naturais e a sensibilização das comunidades locais para a sua salvaguarda constituem, nos últimos anos, as grandes prioridades: cada concerto é acompanhado por uma ou mais acções-piloto de voluntariado para a valorização do património cultural e a salvaguarda da biodiversidade, com a participação dos artistas, do público e das comunidades que o Festival percorre.

O Festival persegue os princípios da inclusão social e da sustentabilidade, pelo que, numa linha de valorização do potencial endógeno, tem promovido os produtos regionais de excelência e insistido no conhecimento dos segmentos mais inovadores do tecido social e económico da região, privilegiando uma linha diferenciadora que assenta no empreendedorismo empresarial, na integração de pessoas com deficiência ou populações mais excluídas, na correcção de assimetrias e passivos ambientais e na projecção de monumentos e sítios classificados, do ponto de vista cultural e ambiental.

De acordo com esta ordem de ideias, o festival estabelece um cruzamento inédito entre as temáticas do património, da música e da salvaguarda da biodiversidade para propor um novo olhar, nestes domínios, para os territórios de baixa identidade. Esta perspectiva transversal e multidisciplinar oferece uma perspectiva inovadora da região, dinâmica e apta a atrair a atenção de um público vasto e diversificado, que escapa às limitações mais usuais de “nichos” estritos. Fomenta igualmente um contacto directo e próximo entre as comunidades locais, cujos membros se envolvem nas actividades previstas, e os visitantes.

A intervenção de solistas, ensembles, coros e orquestras de primeira ordem, que gozam de grande intervenção mediática, permite atingir um universo de espectadores e participantes deveras lato, contribuindo notoriamente para a sensibilização da opinião pública em relação às prioridades estratégicas do Festival.

Guerra e Paz: A Trombeta Histórica na Música Barroca Europeia

  • Anónimo (Flores de Música, 1706): Obra de Clarines, 8.º de Mano Derecha.
  • Anónimo (Flores de Música, 1709): Matassine; Outro Género de Canarios; Entrada de Bretons; Obra de Pensie; Dúo de Dos Clarines n.º 14; La Marcha de Gautier.
  • Anónimo (Huerto Ameno de Varias Flores de Música, 1709): Chacona.
  • Anónimo (Flores de Música, 1706): 2. as Llamadas de Clarín; Otra Canción, se Ha de Tocar Grave; Canción de Dos Clarines; Canción de Clarín con Eco a Discreción; Otra Canción.
  • Anónimo (Flores de Música, 1706): Obra de Cuarto Tono.
  • Anónimo (Flores de Música, 1706): Batalla de Quinto Tono.
  • Anónimo (Huerto Ameno de Varias Flores de Música, 1708): Baile del Gran Duque.
  • Anónimo (Flores de Música, 1709): Bailo di Dame; Minué N.º 6; El Villano; Minué N.º 7; Minué al Violín n.º 26 (Rigaudon).

De Espanha, país sempre presente no ADN de um festival que não esconde a sua vocação ibérica, chega-nos um invulgar concerto de órgão, trombeta histórica e percussões, à sombra do coleccionismo barroco do religioso franciscano, organista e compositor Fr. Antonio Martín y Coll [1650-1734], pelo trio formado por Vicente Alcaide, Abraham Martínez e Alvaro Garrido, cujo recente disco Clarines de Batalla causou sensação. É o resgate de um património musicológico europeu de primeira ordem, ainda muito pouco conhecido, e que se dá a conhecer através de intérpretes de excepção.

Vicente Alcaide, Trombeta Histórica

Depois de se ter dedicado à docência e à interpretação da Trombeta Moderna (Trombeta de Pistões), em 2010 iniciou os estudos de Trombeta Histórica com Alejandro Gómez, frequentando mais tarde cursos com Edward Tarr, Igino Conforzi, Ricard Casañ, Crispian Steele-Perkins e Gabriele Cassone. Em 2011, passou a integrar os ensembles de música antiga Garnati Minstrels e Vitriol. No ano seguinte lançou, com Alejandro Gómez, o projecto Trombetta Antiqua.

Abraham Martínez, Órgão

Professor superior de Direcção de Coros (2003), Música Sacra (2003), Solfejo e Teoria da Música (1999) pelo Conservatorio Superior de Música de Sevilha, fez cursos de aperfeiçoamento com André Isoir, Felix Friederich, Monserrat Torrent, Mas i Bonet, R. von Nagel, Alberto Martínez, Wijnand van de Pol, Harald Vogel, Luigi Ferdinando Tagliavini, Olivier Latry, Marie-Claire Alain, Daniel Roth, Jan Willem Jansen e Pieter van Dijk, entre outros. Foi docente de Órgão nos conservatórios de Cáceres e Sanlúcar la Mayor, em inúmeros conventos e mosteiros de clausura e no Seminário Maior Metropolitano de Sevilha.

Álvaro Garrido, Percussão

Músico autodidacta, coleccionista de instrumentos e obstinado pesquisador de sons, vem-se dedicando a um repertório que se estende desde a música antiga até à música experimental. Especialista em percussões de mão, estudou na Berkeley School of Music, de Boston, e participou em cursos de aperfeiçoamento com Glen Velez, John Bergamo e Pedro Estevan.

  • Música
  • Elvas
  • sáb, 19 de maio 2018
  • 21:30

Foro

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Igreja da Nossa Senhora da Assunção (Catedral Antiga), Praça da República, 7350-002 Elvas
962-414-521

Entradas

Entrada livre

Mais informações

Festival Terras Sem Sobra

Créditos

Organizado pela Associação Pedra Angular

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