Diego el Cigala em Lisboa
‘Sintiendo America’ é o título do novo espetáculo de Diego El Cigala, um concerto em que o cantor explora as suas fundas ligações com o vasto universo da América e, nomeadamente e com alguma particularidade, da América Latina
Diego El Cigala vai defender flamenco no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, a 27 de fevereiro, pelas 21:00, e no dia seguinte, pela mesma hora, na Casa da Música, no Porto.
Com piano, contrabaixo e percussão, este concerto também o aproxima de uma sensibilidade jazz, cruzando a sua alma flamenca com o espírito de aventura caraterístico do jazz.
El Cigala é um dos maiores nomes do flamenco, artista de renome mundial, e no palco o estatuto confirma-se, com noite após noite carregada de aplausos e maravilhamento.
Sintiendo America, ou Sentindo a América, é o título do novo espetáculo de Diego El Cigala, o Frank Sinatra do flamenco, como já foi apelidado. Trata-se de um concerto em que o cantor explora as suas fundas ligações com o vasto universo da América e, claro, com alguma particularidade com a América Latina. Não se pode esquecer que o seu grande sucesso, Lagrimas Negras, foi criado com a participação do cubano Bebo Valdez e que o seu último trabalho, Cigala & Tango, explora ligações à grande alma argentina.
Com piano, contrabaixo e percussão, este concerto também o aproxima de uma sensibilidade jazz, cruzando a sua alma flamenca com o espírito de aventura que o jazz oferece e que lhe valeu, precisamente por parte da crítica americana, esse classificativo de Sinatra do Flamenco.
Diego El Cigala é um gigante do flamenco. Natural de Madrid, Cigala nasceu numa família cigana de músicos e intelectuais e iniciou-se nas «peñas» e «tablaos» de flamenco muito cedo, tendo ganho prémios logo a partir dos 12 anos. A sua incrível capacidade rítmica começou por chamar a atenção de «bailadores» como Carmen e Joaquin Cortés que o levaram consigo em digressões internacionais.
Em 1998 editou o seu primeiro trabalho, o aclamado Undebel. Desde então tem encantado o mundo do flamenco graças a trabalhos como Lágrimas Negras, em que teve a oportunidade de colaborar com o pianista cubano Bebo Valdés. Esse disco valeu-lhe um dos dois Grammys que já conquistou.
Na sua rica carreira, Diego El Cigala colaborou com mestres como o guitarrista Vicente Amigo, entre muito outros que não dispensam o seu canto aprimorado e carregado de alma. Uma alma que, aliás, lhe valeu o título de herdeiro do grande Camaron de La Isla.
Diego El Cigala traz a sua arte singular e o melhor do flamenco a Portugal para um espectáculo imperdível.