Fronteiras de guerra e de negociação. Portugal e a Monarquia Hispânica em confronto
Contando com a participação de alguns dos melhores especialistas neste tema, assim como com uma nova geração de jovens investigadores portugueses e espanhóis, este congresso irá incidir em quatro eixos temáticos: guerra, fronteiras, império e paz.
Contando com a participação de Fernando Bouza Álvarez (Catedrático da Universidad Complutense de Madrid) e Chistopher Storrs (University of Dundee), assim como com o envolvimento de uma nova geração de jovens investigadores portugueses e espanhóis, este colóquio irá incidir em quatro eixos temáticos: guerra, fronteiras, império e paz.
Como é patente no programa, a guerra travada entre 1640 e 1668 é abordada, neste colóquio, longe das análises maniqueístas ou vitimizadoras típicas dos olhares nacionalistas. Os trabalhos a apresentar tornarão evidente que a situação, durante aquelas três décadas, foi muito mais complexa do que um mero confronto entre dois blocos homogéneos. Mostrarão que as sensibilidades face à guerra eram extremamente variadas e que, em paralelo ao conflito, existiram sempre canais de diálogo e formas de negociação entre as duas formações políticas.
Tanto de um lado como do outro da fronteira, na Península Ibérica e, também, no mundo ultramarino, marcaram presença indivíduos e grupos empenhados em manter a comunicação e o intercâmbio. Assim se explica que, em paralelo à guerra, se tenham desenvolvido contactos e negociações, tanto ao nível das elites (políticas, eclesiásticas, mercantis), quanto das comunidades que viviam nas proximidades da fronteira.
Como se verá, a guerra foi muitas vezes rejeitada ou, simplesmente, ignorada, tendo coexistido com a interação, com a circulação e com o empenho em manter um relacionamento pacífico. O colóquio mostrará, ainda, que apesar de todas as hesitações, a paz de 1668 foi ao encontro dos anseios de muitos, tanto de um lado como do outro da fronteira.