Blanco y negro: cinema clássico espanhol
Projeção de filmes clássicos espanhóis no Instituto Cervantes
O cinema europeu experimentou uma interessante renovação nos anos cinquenta. A estagnação dos géneros abraçados por Hollywood nas duas décadas anteriores, em que cimentou os seus modelos narrativos e estelares, depara-se com a revolução que supôs uma aposta estética no neorrealismo e novas temáticas, principalmente italiano. A sociedade europeia teve de encontrar um lugar de inspiração e reflexão depois da tragédia humana, económica e social que foi a Segunda Guerra Mundial, e o cinema apressou-se a tentar algumas respostas. Neste contexto, o caso espanhol é muito interessante pois não se pode abstrair deste panorama histórico, onde contribui com as suas próprias feridas sociais e culturais.
O cinema espanhol, totalmente controlado pelo Estado e dominado economicamente por um sistema de funcionamento dependente, em grande medida, das majors norte-americanas, não deixará de apostar em estabelecer um diálogo muito frutífero entre os seus modelos narrativos e estéticos, baseado nos costumes mas também em vertentes estéticas de enorme riqueza visual, com o cinema internacional; quer seja norte-americano, quer seja europeu. Nesta década, estreia-se a geração posterior à Guerra civil, que terá uma formação académica específica e que, apesar disso, não abandonará o trabalho de mérito alcançado pela profissão durante praticamente todo o período da história do cinema.
- 4 de Novembro às 18h30: Cielo Negro (1951), de Manuel Mur Oti
- 11 de Novembro às 18h30: La vida por delante (1958), de Fernando Fernán Gómez
- 18 de Novembro às 18h30: El pisito (1958), de Marco Ferreri
- 25 de Novembro às 18h30: Distrito quinto (1957), de Julio Coll
- 2 de Dezembro às 18h30: El cebo (1959), de Ladislao Vadja
Legendo ao português.