Basquegraphia. Diálogos Luso-Bascos
O programa “Basquegraphia” quer contextualizar a gravura no cenário artístico internacional e dar visibilidade aos artistas emergentes bascos em Portugal.
Com o objetivo de ampliar a colaboração internacional entre a FIG Bilbao – Festival Internacional de Gravura e Arte sobre Papel e os diferentes agentes culturais que protagonizam o circuito europeu de gravura, o programa Basquegraphia, propõe-se contextualizar a gravura no cenário artístico internacional e dar visibilidade aos artistas emergentes bascos, criando pontes e ligações através da linguagem da gravura contemporânea.
A FIG Bilbao é uma das feiras de arte de referência, que se realiza desde 2012, mantendo o compromisso exclusivo com a Gravura e a Arte em Papel, que lhe dá um caráter único em Espanha e na Europa. Conta habitualmente com a participação de uma seleção de cerca de 50 galerias nacionais e internacionais que trabalham em trabalhos gráficos, contemporâneos e de todos os tempos.
Em 2021, foi criado um vínculo entre Bilbau e Portugal, que teve como ponto de partida a participação de Portugal como país convidado na FIG Bilbao, e que se amplia neste novo momento de continuidade e consolidação da relação entre Portugal e o País Basco através da cultura.
São oito os artistas bascos presentes em Lisboa, que mostram as últimas tendências das práticas artísticas desenvolvidas hoje nos diferentes pontos de Euskadi, colocados em diálogo com oito artistas portugueses, de diversas gerações e latitudes, com trabalho reconhecido no desenvolvimento de linguagens de gravação inovadoras.
O grupo de criadores bascos que integram esta exposição elabora um discurso diversificado e coerente, que transmite as suas preocupações e emoções, sem perder de vista o imaginário individual. Cada artista expõe uma obra com um discurso próprio que nos fala sobre formas de fazer, sentir e viver a gravura. As obras apresentadas incluem referências ao seu ambiente cultural específico, mas alcançam uma harmonia graças a uma linguagem comum que define os artistas emergentes e ao facto de viverem no País Basco, uma região com uma identidade muito própria, uma cultura ancestral e uma língua milenar.
Esta exposição mostra diferentes projetos de pesquisa e propostas que combinam tradição e modernidade. Alguns dos artistas utilizam técnicas tradicionais de gravação, em vigor há séculos, enquanto outros se aventuram em novas tecnologias que, com o seu aparecimento há alguns anos, enriqueceram o panorama da criação, contribuindo para a redefinição do conceito tradicional de gravura.