38º Festival de Almada

38º Festival de Almada

O Festival de Teatro de Almada volta mais um ano com as companhias espanholas Lazona e o duo de Agnès Mateus e Quim Tarrida.

De 2 a 25 de julho, Almada volta a ser a capital nacional do Teatro, acolhendo a 38ª edição do Festival Internacional, o maior evento teatral do país, incontornável cartão de visita do concelho e um exemplo de projeção internacional do que de melhor se faz no panorama cultural português.

Rebota rebota y en tu cara explota

  • 14, 15, 16, e 17 de julho às 20h30.
  • 18 de julho às 16h.
  • Uma criação de Agnès Mateus e Quim Tarrida.

Várias vezes premiado com algumas das mais prestigiadas distinções da Catalunha (Prémio da Crítica para o Melhor Espectáculo de Novas Tendências de 2017, Prémio Aplauso pelo FAD – Prémio Sebastià Gasch e Prémio Butaca para Novos Contributos Cénicos, ambos em 2018), eis uma reflexão de grande poder performativo, que demonstra a que ponto “o corpo das mulheres é onde se manifesta o fracasso do Estado” (Rita Laura Segato, antropóloga e escritora). Com um pé bem firmado na performance, em que o corpo, e até mesmo as palavras que o corpo diz são da ordem do visceral, trata-se de um espectáculo corajoso mas também áspero e desconcertante, que mostra a vida sem hipocrisia e não deixa ninguém indiferente. Contra o conformismo e uma passividade que dá que pensar, talvez só reste mesmo mostrar a violência com violência. Rebota venceu o Prémio do Público do Festival de Almada de 2020.

Agnès Mateus, formada em jornalismo, criou em 1996 o Colectivo General Elèctrica. Performer, actriz e artista multidisciplinar, trabalhou com grandes nomes da cena contemporânea de Espanha como Juan Navarro, Roger Bernat, Rodrigo García ou ainda Simona Levi. Colaborou também com La Fura dels Baus. Quim Tarrida é um artista multidisciplinar de linha estética conceptual e neo-pop. Desenhador, músico, fotógrafo, videógrafo, pintor, escultor e performer, o seu trabalho aborda o palco como um lugar de artes múltiplas.

Miguel de Molina al desnudo

  • 21, 22, 23 e 24 de julho às 20h30.
  • 25 de julho às 16h.
  • De Ángel Ruiz. Encenação de Félix Estaire.

O mítico génio do flamenco Miguel de Molina (1908-1993) é provavelmente a melhor emanação que Espanha produziu dessa mistura tão sugestiva que resulta da união da vanguarda com a tradição. Em tudo o que fazia, Molina punha paixão, convocando outros génios para o seu redor, artistas como ele dotados da imaginação e do atrevimento que fizeram de Molina um estandarte da liberdade criadora e individual. Perseguido pela Espanha de Franco, viu-se enredado numa onda de calúnias cuja finalidade era denegri-lo, em razão, também, da sua homossexualidade – que Molina aliás nunca renegou, muito pelo contrário, numa atitude de grande arrojo perante as convenções do seu tempo – nem tanto assim distante do nosso…

Abordámos este trabalho tendo em mente a ideia de levar para a cena uma personagem observada a partir de múltiplos pontos de vista – da dimensão pessoal à dimensão profissional, percorrendo a sua vida e o seu legado como um espelho no qual podemos ver-nos reflectidos.

—Félix Estaire

Hoje, Molina convoca todas as pessoas a ouvir a história verdadeira sobre quem foi. Ouçam-no, se querem entender-se a vós mesmos enquanto seres humanos e seres sociais. Ei-lo, o mais singular cantante e bailaor do séc. XX, num retrato muito especial e terno, escrito e interpretado pelo polifacetado actor e cantante Ángel Ruiz.

  • Artes cénicas
  • Almada
  • qua, 14 de julho —
    dom, 25 de julho 2021

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Cine-Teatro da Academia Almadense, R. Cap. Leitão 64, 2800-253 Almada
212-739-360

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Festival de Almada

Créditos

Organizado pela Companhia de Teatro Almada com o apoio da Seção Cultural da Embaixada de Espanha e Acción Cultural Española (AC/E). Foto de Javier Naval

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