28ª Quinzena de Dança de Almada

O mais novedoso da dança contemporânea internacional volta este ano a Almada e contará com a presença da companhia UnaiUna e a exibição do filme “Danzantes” de Juan Vincente Chuliá.

.Criado em 1992, o festival Quinzena de Dança de Almada – International Dance Festival é hoje um espaço para a apresentação e promoção da dança, oferecendo ao público um conjunto de eventos bem representativos da dança contemporânea nacional e internacional. Além dos espetáculos, o Festival oferece outras atividades relacionadas com a dança, como workshops, exposições, encontros, vídeodança, etc. em espaços formais ou informais, abrindo assim a possibilidade de diálogo com a arquitetura urbana.

Incluída no Festival, a Plataforma Coreográfica Internacional abriu o evento à participação de companhias e criadores independentes de dança contemporânea de todo o mundo, tornando-se num importante ponto de encontro para coreógrafos e bailarinos. Com um espírito sempre aberto a novos desafios, o Festival inaugura desde 2013 uma política de divulgação dos profissionais da dança, através da homenagem a artistas que marcaram a história recente da dança em Portugal. No que respeita as restantes atividades do Festival, elas são marcadas por várias iniciativas, com o fim de divulgar a prática da dança junto de diversos públicos, desde os mais jovens até à população sénior.

Presença espanhola no festival

Juan Vincente Chuliá: Danzantes

• 25 de setembro às 21h30.
• No Auditório Municipal Fernando Lopes-Graça.

Danzantes é um documentário sobre o mundo da dança, mas também é uma viagem sensorial ao mundo das pessoas que a praticam. Sem distinções nem barreiras: A dança vista de forma global e transversal através dos seus protagonistas, para além dos seus valores artísticos, como ferramenta pedagógica e social. Gravado em 14 cidades de 8 países, alterna temáticas e estilos aparentemente desconexos. Não há limites para a dança, suas formas de expressão e suas aplicações. “Danzantes” acaba por ser também um exemplo de hibridismo entre o documentário e o cinema musical. Filme selecionado para mais de 30 festivais internacionais, laureado com uma dezena de prémios.

Companhia UnaiUna: Ballroom + Yo solo quería bailar

• 3 de outubro às 21h30.
• No Auditório Municipal Fernando Lopes-Graça.

UnaiUna nasce da mão de Laura Lliteras e Marina Fullana, formadas en dança clássica e contemporânea. O seu percorrido inclui a colaboração com artistas plásticos como Joan Bennassar o Ole Kristian Tangen.

Ballroom. Este programa assenta em duas residências artísticas em Almada. A peça “Yo Solo Quería Bailar” foi em parte criada durante uma residência das coreógrafas durante a Quinzena de Dança de Almada de 2019 e desenvolvida ao longo do ano para agora ser finalmente apresentada ao público. “Ballroom” é o resultado de uma residência artística com um grupo de alunas da Ca.DA escola durante a semana de 28 de setembro a 3 de outubro e apresenta-se como um trabalho em progresso.

Yo Solo Quería Bailar. 5,6,7 y 8… preparar. Um gin tónico! Bem, duas cervejas é melhor! A Bárbara é mais intelectual, mais novas tendências, tem um poster de John Cage no quarto. Por outro lado, a Antónia entende a vida mais como um videoclipe, considera que o Aserejé é o maior hit do Século XX. O êxtase de cada uma delas junta-se na pista de dança, ou no palco, acompanhado pelo prazer de dançar e pela sensação de estar sendo observado. É o momento em que essa galáxia se constrói e se distanciam da realidade, atingindo os limites do corpo. E é aí também que aparece o suor, aquelas marcas por baixo dos braços ou aquela gotinha escorrendo pelo decote. Bárbara e Antónia são tão diferentes que é difícil entender por que se conectam tão bem, a dança é seu grande padrão e seu modo de vida; embora vejam o mundo de maneiras muito diferentes, eles concordam neste ponto: o prazer de dançar. Mas às vezes sentem falta disso dentro desta bolha contemporânea. O que está a acontecer? Já não gostamos de dançar?

Plataforma Coreográfica Internacional

• 10 de outubro às 18h00.
• Ararat de Ester Guntín + Meohadim de Jacob Gómez Ruiz.
• No Teatro Municipal Joaquim Benite, Sala Experimental.