Latitude de Gema Rupérez
“Latitude” constitui-se como a primeira exposição individual de Gema Rupérez Alonso na galeria, um trabalho que reflete sobre história do meridiano de Greenwich e a luta por poder hegemónico.
A história do meridiano de Greenwich é uma história de convenção científica, comercial e sócio política e, sobretudo, uma história de luta por poder hegemónico. Latitude balança entre a reflexão sobre o que este “primeiro meridiano” significa, a exploração das paisagens que o sustentam, e o sentimento de pertença emocional, para falar do desejo de sobrevivência, de pertença emocional e das distopias da sociedade contemporânea.
Cada trabalho corresponde a uma intervenção desenvolvida na província de Aragão ao longo do meridiano, que a atravessa, construindo uma topologia visual quelle relaciona a antropologia, no seu campo de estrutura social, com a experiência individual da artista, proveniente da região. Uma aproximação artística aos desertos demográficos no território que valoriza o vazio como elemento criativo e reflecte sobre a superfície baldia enquanto cenografia performativa, repensando linhas imaginárias enquanto construções contingentes e contrapondo-as com a natureza primitiva, por forma a provocar um debate em torno da dimensão humana dos territórios, dos espaços inter-subjectivos e das fronteiras.
Gema Rupérez Alonso
Licenciada em Artes Plásticas pela Universidade de San Carlos, Valencia (2005), Gema Rupérez Alonso (Zaragoza, 1982) foi Bolseira Erasmus na Academia di Belle Arti Urbino (2005) e Bolseira de Investigação FPI na Universidade Politécnica de Valência, (2006-07). Recebeu o Diploma de Estudos Avançados pela Universidade de San Carlos, Valência (2008) e é Doutoranda em Artes Plásticas pela Universidade de San Carlos, Valência. Vive e trabalha em Zaragoza.
O seu trabalho está representado nas colecções Fundação Pilar Citoler, Fundação UNED Ramón J.Sender, Casa Velázquez (Madrid), Museu da Prefeitura de Nagasaki (Japão), Fundação Jose García Jiménez (Murcia), Ayuntamiento de Zaragoza, Banco Ibercaja, Fundação Antonio Gala (Córdoba), Centro 14 (Alicante) e Museu Genalguacil (Málaga), entre outras colecções públicas e privadas.